terça-feira, 27 de novembro de 2012

Bento XVI: Esforço ecuménico deve contribuir para solucionar crise de fé


Cidade do Vaticano, 15 nov 2012 (Ecclesia) – Bento XVI alertou hoje, no Vaticano, para a importância do esforço ecuménico das Igrejas cristãs se afirmar como solução para a crise de fé que percorre a sociedade.

Durante um encontro com participantes de uma assembleia plenária do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (CPUC), o Papa sublinhou que a situação das pessoas que “já não consideram como privação a ausência de Deus da sua vida constitui um desafio para todos”.

Indo ao encontro do tema da assembleia, “a importância do ecumenismo para a nova evangelização”, Bento XVI recordou ainda que “dar testemunho do Deus vivo é um imperativo” comum a qualquer das crenças fiéis a Jesus Cristo, “apesar da incompleta comunhão eclesial que ainda experimentam”.

O Papa concluiu a sua intervenção incentivando os membros do CPUC a empenharem-se na sua missão “com todas as forças”, reconhecendo, no entanto, que a “unidade” pretendida “é dom de Deus”.

Presidido pelo cardeal suíço Kurt Cardeal Koch, o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos teve a sua origem em 1960, sob a inspiração do Papa João XXIII.
Entre outras funções, o organismo cuida da interpretação e execução dos princípios ecuménicos estabelecidos durante o Concílio Vaticano II (1962-1965) e coordena iniciativas nacionais e internacionais destinadas a promover a unidade dos cristãos.


Obs: Os grifos em negritos são da minha parte.

Nota: Ao ler esta matéria o Senhor me direcionou a mente a uma citação do livro O Grande Conflito de Ellen G. White, ao ler a citação tive a impressão de que parecia que ela estava comentando essa matéria.

Segue abaixo a citação, lembrando que foi escrita a mais de 150 anos atrás onde a possibilidade de união entre a igreja romana e o protestantismo eram inconcebíveis.

Todavia esta mesma classe (igreja romana) apresenta a alegação de que a corrupção que rapidamente se alastra é atribuível em grande parte à profanação do descanso dominical, e que a imposição da observância do domingo melhoraria grandemente a moral da sociedade. Insiste-se nisto especialmente na América do Norte, onde a doutrina do verdadeiro sábado tem sido mais amplamente pregada. Ali, a obra da temperança, uma das mais preeminentes e importantes das reformas morais, acha-se freqüentemente combinada com o movimento em favor do descanso dominical, e os defensores do último agem como se estivessem a trabalhar a fim de promover os mais elevados interesses da sociedade; e os que se recusam a unir-se a eles são denunciados como inimigos da temperança e reforma. Mas o fato de que um movimento para estabelecer o erro se encontra ligado a uma obra que em si mesma é boa, não é argumento a favor do erro. Podemos disfarçar o veneno misturando-o com o alimento saudável, mas não mudamos a sua natureza. Ao contrário, torna-se mais perigoso o veneno, visto ser mais fácil que ele seja tomado inadvertidamente. É um dos ardis de Satanás combinar com a falsidade precisamente uma porção suficiente de verdade para que lhe dê caráter plausível. Os dirigentes do movimento em favor do domingo podem advogar reformas que o povo necessita, princípios que se acham em harmonia com a Escritura Sagrada; contudo, enquanto houver com eles uma exigência contrária à lei de Deus, Seus servos não se lhes poderão unir. Nada os pode justificar de pôr à parte os mandamentos de Deus, optando pelos preceitos dos homens. 

Mediante os dois grandes erros - a imortalidade da alma e a santidade do domingo - Satanás há de enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma. Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através do abismo para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência. (Em outro momento iremos postar um estudo mais minucioso sobre este assunto, mais por hora lhe adianto que esse parágrafo é a interpretação para Apocalipse 16:13 e 14)  

Imitando mais de perto o cristianismo nominal da época, o espiritismo tem maior poder para enganar e enredar. O próprio Satanás está convertido, conforme a nova ordem de coisas. Ele aparecerá no aspecto de anjo de luz. Mediante a agência do espiritismo, operar-se-ão prodígios, os doentes serão curados, e se efetuarão muitas e inegáveis maravilhas. E, como os espíritos professarão fé na Escritura Sagrada, e demonstrarão respeito pelas instituições da igreja, sua obra será aceita como manifestação do poder divino. 

A linha de separação entre cristãos professos e ímpios é agora dificilmente discernida. Os membros da igreja amam o que o mundo ama, e estão prontos para se unirem a ele; e Satanás está resolvido a uni-los em um só corpo, e assim fortalecer sua causa arrastando-os todos para as fileiras do espiritismo. Os romanistas, que se gloriam dos milagres como sinal certo da verdadeira igreja, serão facilmente enganados por este poder operador de prodígios; e os protestantes, tendo rejeitado o escudo da verdade, serão também iludidos. Romanistas, protestantes e mundanos juntamente aceitarão a forma de piedade, destituída de sua eficácia, e verão nesta aliança um grandioso movimento para a conversão do mundo, e o começo do milênio há tanto esperado. O Grande Conflito, págs. 587-589.

Um estudo da Escritura Sagrada, feito com oração, mostraria aos protestantes o verdadeiro caráter do papado, e os faria aborrecê-lo e evitá-lo; mas muitos são tão sábios em seu próprio conceito que não sentem necessidade de humildemente buscar a Deus para que possam ser levados à verdade. Posto que se orgulhando de sua ilustração, são ignorantes tanto sobre as Escrituras como a respeito do poder de Deus. Precisam de algum meio de acalmar a consciência; e buscam o que menos espiritual e humilhante é. O que desejam é um modo de esquecer a Deus, que passe por um modo de lembrar-se dEle. O papado está bem adaptado a satisfazer às necessidades de todos estes. Está preparado para as duas classes da humanidade, abrangendo o mundo quase todo: os que desejam salvar-se pelos próprios méritos, e os que desejam ser salvos em seus pecados. Eis aqui o segredo de seu poder. O Grande Conflito, pág. 572.


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